Olá Galera!!!
Assunto sério hoje, é sobre diabetes! Pesquisas
mostram que no Brasil, cerca de sete milhões de pessoas, acima de 18 anos, têm
a doença. Um estudo recente da Sociedade Brasileira de Diabetes, aponta que
mais de 60% deles não sabem que têm a doença. Disfunção metabólica crônica
decorrente de uma deficiência de insulina - hormônio produzido pelo
pâncreas - que pode ser causada por fatores genéticos ou em decorrência de maus
hábitos de vida como sedentarismo e uma dieta desequilibrada, recheada,
principalmente de açúcar.
O
problema pode trazer perda ou aumento de peso, é fator de risco para problemas
cardiovasculares e, nos casos mais graves, provocar falência de órgãos (rins,
olhos) e até a morte. Apesar dos perigos, é completamente controlável. É uma
doença crônica e deve ser tratada como tal,
mas com informação e mudança de hábitos, dá para ser controlada e ter qualidade
de vida.
“Hoje o tratamento da
doença crônica é um desafio para todos os envolvidos em seu cuidado, do sistema
de saúde aos profissionais, familiares e pacientes. O diabetes é uma doença
crônica, multifatorial e evolutiva. Se em sua progressão, seja de forma
silenciosa ou não, o paciente permanecer no mau controle, isto pode acarretar
complicações com sequelas irreversíveis.
Apesar de todos os
investimentos em avanços farmacológicos e de equipamentos, da especialização
crescente dos profissionais envolvidos na área, pouco se consegue no sentido de
controlar a doença.”
Dados do IDF revelam que
mais de 5 milhões de pessoas morreram por causa do diabetes em
2013. Temos 382 milhões de portadores da doença sendo que a cada 6 segundos uma pessoa morre em decorrência do diabetes.
(Psic. Katia Martins Coordenadora de Psicologia do Grupo de Educação e Controle
do Diabetes do Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade Federal de São
Paulo – UNIFESP / Dra. Olga Joveleviths Grupo de Educação e Controle do
Diabetes (Psicologia) – Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade Federal
de São Paulo – UNIFESP)
MITOS X VERDADES – Sobre
DIABETES que a nutricionista Patrícia Ramos
descreve abaixo:
1.Diabetes
é contagioso
Mito: O diabetes não
passa de pessoa para pessoa. É preciso acabar com essa discriminação de que o
diabético não pode ter emprego, amigos e vida social. O que acontece é que, em
especial no tipo 1, há uma propensão genética para se ter a doença e não uma
transmissão comum. Há exemplos de mães diabéticas que tem filhos totalmente
saudáveis.
2.Canela
ajuda a controlar o diabetes
Mito: Não tem
nenhum estudo científico que comprove isso. Existem alguns estudos em relação à
canela, porém são estudos preliminares, que merecem mais esclarecimentos para
provar esse efeito satisfatório. "É melhor não seguir nada que não seja
comprovado, afinal, trata-se de um problema crônico e qualquer descuido pode
piorar a situação", diz a nutri.
3.Diabético
pode consumir mel, açúcar mascavo e caldo de cana sem problemas
Mito: apesar de
naturais, estes alimentos tem açúcar do tipo sacarose, maior vilã dos
diabéticos. "Hoje, os padrões internacionais já liberam que 10% dos
carboidratos ingeridos podem ser sacarose, mas sem o controle e a
compensação, os níveis de glicose podem subir e desencadear uma crise",
explica Patrícia. "O diabético até pode consumir, mas ele deve ter noção
de que não pode abusar e compensar com equilíbrio na dieta", continua.
4.Alguns alimentos ajudam a controlar os níveis de
glicose no sangue auxiliando o tratamento do diabetes
Verdade: Sim.
Isso por conta do Índice Glicêmico (IG) dos alimentos. Quando um alimento tem o
índice glicêmico baixo, ele retarda a absorção da glicose pelo sangue e,
portanto estabiliza a doença. Mas, quando o índice é alto, esta absorção é
rápida e acelera o aumento das taxas de glicose no sangue.
"Alimentos integrais, iogurtes sem açúcar, maçã, pera, feijão, lentilha e
manga, podem ser considerados indutores deste controle, por isso ajudam a
amenizar os sintomas da doença, já os de alto índice, como batata e demais
carboidratos, aumentam o problema", continua
5.A
aplicação de insulina causa dependência química
Mito: a
aplicação de insulina não promove qualquer tipo de dependência química ou
psíquica. O hormônio é importante para permitir a entrada de glicose na célula,
tornando-se fonte de energia. "No caso dos pacientes com diabetes tipo 1,
não tem jeito eles são insulino-dependentes, e não porque ela cause esta
dependência, mas pelo fato de sua deficiência ser crônica desde o
nascimento", explica Patrícia.
"Não
se trata de dependência química e sim de necessidade vital. Você precisa da
insulina para sobreviver, mas não é um viciado na substância", explica o
endocrinologista e presidente da Associação Nacional de Apoio ao Diabético
(Anad), Fadlo Farige.
6.Deve-se
substituir o açúcar dos alimentos por adoçante
Verdade: os
adoçantes foram feitos exatamente para os diabéticos ou para quem está de
dieta, porém, para pessoas que não têm nenhuma disfunção, existe um limite para
seu uso. "O valor diário recomendado de aspartame, por exemplo, é 40 mg
por kg, já no ciclamato, este número é bem menor, 11 mg", explica a
nutricionista.
7.Dá para
evitar a insulina se você não ingere carboidratos
Mito: neste
caso, depende. O carboidrato eleva a glicemia com mais rapidez, por isso sua
ingestão deve ser controlada. "No diabetes Tipo 1, é necessária a
aplicação de insulina diariamente, já que o pâncreas não produz este hormônio.
Portanto, mesmo que não coma carboidratos, precisará aplicar insulina. No caso
do diabetes Tipo2, a ingestão da insulina vai depender do nível de glicemia. Se
estiver controlado, pode-se parar o uso, porém, só um médico poderá fazer esta
avaliação", explica Patrícia.
8.Não é
permitido ingerir bebidas alcoólicas
Verdade: "o
consumo é permitido, mas com alguns cuidados: de forma moderada e sempre junto
a uma refeição, pois o consumo isolado pode levar a hipoglicemia (baixa nas
taxas de glicose sanguínea) ou dificultar a recuperação de uma crise
hipoglicêmica, já que o uso de insulina e de outros medicamentos para controlar
o diabetes é feito para baixar a glicemia, e o álcool tende a diminuir ainda
mais estas taxas, o que pode levar a um quadro crônico", explica a
nutricionista.
Também
é importante fazer o monitoramento de glicemia antes e depois de consumir
bebidas alcoólicas. Para Fadlo Fraige, apenas as bebidas destiladas são
permitidas (e com muita moderação), pois, segundo ele, não são feitas à base de
carboidratos e o álcool tem baixo índice glicêmico. Já sobre as fermentadas, à
base de glicose, o endocrinologista recomenda: "Cuidado com cervejas e
bebidas doces ou à base de carboidratos. Elas têm alto índice glicêmico e podem
trazer problemas. Ao contrário do que se imagina, as bebidas sem álcool são
piores, pois, têm o carboidrato e não têm o álcool que ajuda a baixar a
glicemia", explica o presidente da Anad.
9.Bebida
alcoólica pode porque o remédio para diabetes tem álcool e não faz mal
Mito: A
taxa de álcool presente nos remédios são mínimas e, por isso, não dá para fazer
esta comparação. "Bebidas alcoólicas são permitidas com restrições",
diz a nutricionista.
10.Quem
tem diabetes deve fazer somente exercícios leves
Verdade: diabéticos
devem ser estimulados a fazer atividades físicas, respeitando
contra-indicações, se houver. "De uma forma geral, os exercícios melhoram
os níveis glicêmicos, porém, quando o gasto calórico é maior do que a reposição
de nutrientes após o treino, pode haver um quadro de hipoglicemia, por isso,
deve-se fazer um monitoramento", diz a nutricionista.
11.Estresse
ajuda a descontrolar o diabetes
Verdade: quando
uma pessoa fica nervosa, a sua taxa de glicose sanguínea sobe. "Mas isso
não acontece só com diabéticos", diz Patrícia.
12.Diabéticos
podem usar sauna e fazer escalda pés
Mito: Por ser uma
disfunção metabólica o diabetes altera a circulação e compromete os vasos
sanguíneos, dificultando o processo de cicatrização e pode causar problemas em
diversas outras funções como problemas renais e o comprometimento da visão.
"Em função desta alteração circulatória, os riscos de exposição à altas
temperaturas e aos choques térmicos podem agravar ou desencadear quadros de
angiopatias e outros problemas cardíacos", finaliza a Patrícia.
Devemos
sempre está atento a todas as orientações, então vamos falar mais desse assunto
em outra oportunidade, pois é muito importante!
Abraçeijos!